📢 Consumo de Energia no Mercado Livre em Minas Gerais Cresce e Alcança 56% da Demanda
- Time LEX - AS
- 29 de abr.
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O mercado livre de energia elétrica continua a se consolidar em Minas Gerais. Segundo dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), a participação do consumo de energia no ambiente livre atingiu 56% da demanda total do Estado em fevereiro de 2025, um crescimento significativo em relação aos 52% registrados no mesmo período do ano anterior.
O número de unidades consumidoras também apresentou forte expansão: Minas Gerais saltou de 3.478 unidades em fevereiro de 2024 para 5.501 unidades em fevereiro de 2025, representando um crescimento de 45% em apenas 12 meses. Em comparação com janeiro deste ano, houve um aumento de 4,8%.
O avanço foi impulsionado especialmente pela migração de consumidores do Grupo A — atendidos em média e alta tensão — que, a partir de janeiro de 2024, passaram a ter o direito de escolher seu fornecedor de energia, conforme estabelece a Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia.
De acordo com Frederico Rodrigues, vice-presidente executivo da Abraceel, o mercado livre nacional também segue forte expansão. Em 12 meses, o Brasil registrou a entrada de 27.905 novas unidades consumidoras, totalizando cerca de 69.861 unidades no ambiente livre. Pela primeira vez, a demanda média superou a marca de 30 mil MW, chegando a 32.165 MW em fevereiro de 2025 — um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.
Este movimento evidencia a crescente busca de empresas por liberdade de escolha, redução de custos e acesso a fontes de energia renovável. Atualmente, 93% do consumo industrial e 43% do consumo comercial no país já são atendidos pelo mercado livre.
Além disso, a Abraceel destaca que o ambiente de contratação livre é o principal responsável pela absorção de energia renovável no Brasil:
68% da energia de fontes alternativas é comercializada no ACL.
86% da energia solar e 96% da biomassa produzida são vendidas para consumidores do mercado livre.
Em Minas Gerais, o cenário é ainda mais expressivo, com o Estado figurando entre os líderes nacionais em participação no mercado livre — atrás apenas do Pará (59%).
A tendência é de crescimento contínuo. Com novos projetos de lei em tramitação, que visam permitir que todos os consumidores — inclusive residenciais — possam escolher seus fornecedores de energia, a expectativa é que o mercado livre se torne ainda mais acessível e vantajoso nos próximos anos.
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